Carros diesel superam restrições ambientais
Legislação de emissões mais apertada provoca a reinvenção dos sistemas de injeção e pós-tratamento
PEDRO KUTNEY, AB | De Blois (França)
Controle de emissões: diesel é solução na Europa
apostaram no encarecimento e, por consequência, na redução das vendas de
veículos leves a diesel na Europa, onde o combustível move cerca de
metade da frota – na França essa penetração passa de 70%. Os limites de
emissões previstos pela norma Euro 6, cuja primeira fase entra em vigor na União
Europeia a partir de 2014, imporia a adoção de tecnologias muito caras,
reduzindo naturalmente o interesse dos europeus pelo diesel. Mas não
parece ser essa a tendência. “Muitos dizem que pode ser o fim do
diesel (para automóveis de passageiros),
mas estou certo que não”, garante Xavier Cousin, diretor do Centro Técnico de
Sistemas de Gerenciamento de Motores Diesel da Delphi em Blois, na França.
“Existem possibilidades de evolução. Tudo é uma releitura da tecnologia”, afirma.
A Europa encontrou no diesel sua melhor solução para reduzir a emissão
de gases de efeito estufa, o CO2. Tecnologias adotadas a partir da
década de 90, como o sistema de injeção commom rail, tornaram os carros diesel
de 25% a 30% mais econômicos do que os a gasolina, consequentemente emitindo
cerca de 25% menos CO2. Contudo, é mais difícil (e caro) controlar os poluentes
venenosos dos motores diesel (como CO, NOx e particulados), o que levou ao
desafio de estimular o uso do combustível e, ao mesmo tempo, limitar severamente
seus índices de poluição, por meio de tecnologias caras.
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