segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Artigo Brasil Econômico - Terceirização e o interesse público


Artigo Brasil Econômico - Terceirização e o interesse público


Título
Terceirização e o interesse público
Veículo
Brasil Econômico
Data
22 Novembro 2012
Autor
Claudio J. D. Sales

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Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm dedicado muito esforço para definir políticas públicas sobre a terceirização, tema que requer definição urgente e que continua sendo questão polêmica que afeta empresas e órgãos da Administração Pública e da esfera privada.
Serão impactadas por tal definição empresas, clientes e empregados dos setores de energia elétrica, telecomunicações, automobilístico, serviços financeiros, entre outros. A terceirização é uma técnica de gestão pela qual se opta por contratar outra entidade para desempenhar uma determinada atividade - em vez de realizá-la internamente - e que visa a aprimorar o desempenho da organização. Tal técnica tem sido atacada no Brasil com base na tese de que ela contribuiria para a precarização do trabalho.
No entanto, os casos de precarização decorrem de falhas institucionais que resultam em condições trabalhistas não isonômicas. São falhas que podem e devem ser endereçadas, mas que não são causadas pela terceirização.
Fora do Brasil, tal técnica é chamada de 'outsourcing' (ou fornecimento vindo de fora), concentrando-se na escolha entre produção própria ou externa.
Já no Brasil, terceirização se concentra na relação trabalhista e na interposição de um terceiro agente.
A terceirização proporciona benefícios para a sociedade na forma de ganhos de eficiência, flexibilização da cadeia produtiva, compartilhamento de riscos, ganhos de qualidade e promoção da inovação. Assim, além dos impactos da terceirização que afetam as empresas diretamente envolvidas e seus empregados, também devem ser incluídos os efeitos - imediatos e de longo prazo - sobre os consumidores, sobre o nível e composição do emprego, e sobre os poupadores e investidores. Como exemplo, e conforme detalhado no "White Paper no. 8 - Terceirização no Setor Elétrico e o Interesse Público" , no setor elétrico a terceirização tem propiciado a criação de novas empresas em que trabalhadores podem prestar serviços especializados com alta produtividade, o que tem redundado em menor custo da energia elétrica para os consumidores.
Como toda técnica de gestão, nem todas as implementações de terceirização foram bem-sucedidas. Há situações em que empresas voltaram atrás no grau de terceirização de algumas atividades, passando a internalizar a sua execução e/ou sendo mais criteriosos nas escolhas das empresas terceirizadas. Embora nem sempre a terceirização seja bem-sucedida, a imposição de regras para restringir a terceirização privaria a sociedade dos benefícios da terceirização. O sucesso desta técnica depende de sutilezas que não podem ser tratadas por leis ou regulamentos gerais.
Os desafios não serão vencidos com artifícios burocráticos e universais. Nossas autoridades precisam entender os efeitos líquidos e globais da terceirização, sem se restringir a impactos imediatos. As políticas públicas que tratarem da terceirização devem ter um olhar mais amplo e atender aos interesses da maioria da população, procurando blindar-se das demandas corporativas de grupos com alto poder de organização.
Claudio J. D. Sales é Presidente do Instituto Acende Brasil
fonte:newsletter@acendebrasil.com.br

REFLEXÃO SOBRE O CONCEITO DE PROSPERIDADE



Por definição Prosperidade (do latim prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso, bem-sucedido, afortunado (Novo Dicionário Eletrônico Aurélio, versão 5.0, e Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001.) Para a maioria das pessoas significa também ascensão financeira, aumento de consumo e crescimento financeiro;

Até quando o planeta conseguirá manter este padrão para a definição aplicada ao termo prosperidade?

Somos treinados e induzidos a produzir e a consumir, acreditamos que seremos felizes pelo tanto de bens materiais  que conseguimos acumular durante a vida.

Corremos freneticamente dia após dia , apenas com o objetivo acumular bens materiais, porque precisamos mostrar para alguém, que muitas vezes não sabemos quem, de que temos o poder de consumir.

Nessa busca frenética esgotamos com os recursos naturais, desumanizamos nossas relações com as pessoas  e com o mundo, deixamos questões como a solidariedade, justiça social, preservação ambiental e evolução espiritual para segundo plano. Com isso, alimentamos  a sociedade capitalista atual, que poderá ser culpada pela extinção da própria espécie por causa dos excessos que vem cometendo em nome da ambição e do crescimento econômico.


Os desmatamentos, as guerras, a fome e a miséria que atinge um grande número de pessoas mundialmente não nos sensibiliza mais. Faz-se necessário refletirmos, independentes de classe social e credo, sobre o conceito de prosperidade. Não podemos continuar a pensar em crescimento esquecendo-se dos irmãos que estão às margens da sociedade e dos recursos naturais que a cada dia se tornam mais escassos.


Precisamos aprender a viver em plena harmonia com a natureza e com a vida em geral. Inserir o conceito de sustentabilidade e igualdade social no dia a dia, somente assim poderemos assegurar recursos naturais para as próximas gerações e uma vida mais saudável e feliz para a nossa geração. No derradeiro final perceberemos que nada do que produzimos importa, o que realmente importa são as relações que construímos e as pessoas que ficaram do nosso lado durante as dificuldades que enfrentamos durante a vida.

       Roseli Gomes 

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL


SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Enceto este  texto com a definição de Sustentabilidade Clássica da ONU, do relatório Brundland, (1987) “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”. 
As mudanças ambientais que dizem respeito à sustentabilidade empresarial devem partir da alta cúpula da empresa (diretores e acionistas). A mudança deve ser primeiramente cultural. Faz-se necessário perceber que os recursos naturais são finitos, que a fome, a escassez de água e a miséria são reais. Que apesar de existir mão-de-obra em abundância,  as pessoas devem ser tratadas com igualdade, respeito ,trabalhar em boas condições e que além disso,  existe legislação trabalhista e ambiental para serem cumpridas.
Sensibilizados com estes fatos reais e guiados pela legislação vigente, a alta cúpula desenvolve a capacidade de transformar a sua empresa em um exemplo de sustentabilidade. Traçando metas que observem “o respeito a todos os seres, especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida humana, visando a sua continuidade e ainda a atender as necessidades da geração presente e das futuras de tal forma que o capital natural seja mantido e enriquecido em sua capacidade de regeneração, reprodução, e coevolução.” Leonardo Boff.
O processo de gestão do desenvolvimento sustentável em uma empresa deve visar dois pontos básicos para obter sucesso: 1- colaboradores e 2- Educação Ambiental.  Se estes dois pilares: pessoas e conscientização não estivem bem alicerçados o processo de gestão estará predestinado ao fracasso.
È necessário que o colaborador tenha consciência de que cada vez que se produz  com alto índice de desperdício, é matéria-prima que vai ser desperdiçada, que este prejuízo não é somente da empresa mais do planeta. Cada vez que desperdiçamos os bens comuns como: água, energia, fazemos mau uso do solo, poluímos os cursos D’água, estamos prejudicando não somente a empresa mais a humanidade em geral, estamos condenando a casa de nossos descendentes “ o planeta terra”.
Estando então conscientizados, esses colaboradores serão multiplicadores destas ideias e começarão a trabalhar de maneira mais consciente, evitando os desperdícios de matéria-prima, alimentos, energia elétrica, água, etc. Trazendo para a empresa então uma diminuição com estes gastos.
Investir na educação ambiental dos colaboradores desenvolvendo uma sensibilização ambiental é o segundo passo para o desenvolvimento sustentável de uma empresa.
O terceiro passo é fazer levantamentos reais de aspectos e impactos ambientais da empresa, e tomar as medidas  preventivas, mitigadoras e potencializadoras necessárias. Para tanto deve-se verificar a procedência e a rastreabilidade das matérias-primas/produtos compradas pela empresa , o seu grau de  periculosidade ao meio ambiente e a saúde do colaborador, as condições que os fornecedores impõe aos seus trabalhadores, investir na adaptação/troca de equipamentos poluentes, se comprometer com aspectos sociais da comunidade do entorno o que chamamos de responsabilidade social.
Essas atitudes geram boas ações, que geram boa imagem para a empresa, diminuição de gastos com desperdício de matérias-primas/produtos, retrabalho o que gera também economia nos gastos básicos água/energia elétrica. O mais importante é conservar o planeta para que as gerações futuras também possam usufruir dos recursos naturais existentes.

          Foto
 Roseli Gomes de Lima Santos
   Técnica em Meio Ambiente
                  @Rhoselili