sábado, 29 de setembro de 2012

ARTIGO - SELOS AMBIENTAIS NA HOTELARIA BRASILEIRA


Atualmente o Brasil, e outros países, falam bastante sobre sustentabilidade e uso de energias renováveis. Os hotéis, pousadas, albergues e outros meios de hospedagem brasileiros ainda não estão totalmente adequados às chamadas politicas e tecnologias verdes.

Foi visando isso que criou-se um artigo por alunos de Turismo da UFPE, apresentado na disciplina de Meios de Hospedagem. . Alguns meios de hospedagem começam a aderir os Selos ambientais que é uma das ferramentas que pode contribuir para a implementação de políticas públicas em prol do desenvolvimento de novos padrões de consumo que envolvem condições ambientalmente mais saudáveis e, ainda contribuem para a evolução da prestação de serviços.

Que tal ocupar um pouco do seu tempo para refletir sobre esse assunto importantíssimo e amadurecer essa idéia?
A tabela mostra quais as características das fases e qual sua influência sobre a questão ambiental, primeiramente ascensão do movimento feminista onde a mulher deixa de ser apenas um objeto de procriação e começa a tomar seu lugar na sociedade, logo após, o esgotamento dos combustíveis fósseis o que promove a idéia da necessidade de novas fontes de energia, como as renováveis e em dias mais atuais o homem sapiens sapiens  passou a entender melhor o ambiente ao seu redor e perceber que a lei de ação e reação de Newton funcionava também para os danos causados à natureza.
Segundo Chamusca (...) apud Catra (1982) “por volta dos anos 70 à expressão meio ambiente era difundida e utilizada genericamente referindo-se apenas ao meio natural, ou seja, à natureza ou aos ecossistemas naturais, acepção esta que atualmente ainda predomina na maioria leiga da população”.
A utilização destes insumos é considerada de baixo impacto se os mesmos fossem utilizados isoladamente, porém o segmento hoteleiro faz parte de uma cadeia que envolve inúmeras operadoras que somadas, podem constituir-se em risco potencial ao meio ambiente (GONÇALVES, 2004).
 Na realidade atual o meio de hospedagem tem um papel educativo, sensibilizador, já que o fluxo de pessoas que o utilizam é geralmente grande e diversificado, além do que, o público consumidor atual possui uma maior conscientização ecológica e são mais exigentes nesse aspecto, logo, aproveitando-se desta nova problemática ambiental os empreendimentos hoteleiros estão procurando incorporam e agregam a sustentabilidade para melhorar a imagem de sua organização e permanecer no mercado competitivo atual.
Pensando a respeito disso foram criados então os selos ambientais. Esse é um assunto recente, cada vez mais em crescimento e que vem sendo aceito tanto nos países desenvolvidos, quanto nos em desenvolvimento. É uma das ferramentas que pode contribuir para a implementação de políticas públicas em prol do desenvolvimento de novos padrões de consumo que envolvem condições ambientalmente mais saudáveis e, ainda contribuam para a evolução da prestação de serviços.

O termo rotulagem ambiental apresenta vários conceitos, de acordo com cada autor. Para a ABNT (2002) “É a certificação de produtos adequados ao uso que apresentam menor impacto no meio ambiente em relação a produtos comparáveis disponíveis no mercado”. O CEMPRE (1999) considera que “Rotulagem ambiental são declarações que dão ao consumidor informação acurada a respeito do impacto ambiental de um produto”. Já Nascimento (2002) afirma que “Os rótulos ecológicos atestam que um produto causa menor impacto ambiental em relação a outros comparáveis e “disponíveis no mercado””. Outros ainda consideram que “A rotulagem ambiental consiste na atribuição de um selo ou rótulo a um produto para comunicar ao seu consumidor que este atende aos padrões ambientais requeridos para sua concessão” (ROTULAGEM AMBIENTAL 2002).

Muitas são também as nomenclaturas usadas como sinônimos do termo rotulagem: Ecorótulos ou ecorrótulos (Kinlaw, 1997; Callenbach, 2001); Rótulo ambiental (Barbieri, 1997; Cabral (2000); Chehebe, 1998); Rótulo ecológico (Duarte, 1997; ABNT, 2002); Selo verde (Corrêa, 1998; Maimon, 1996;); Eco-selos (Callenbach, 2001); Etiqueta ecológica ou ecoetiquetas (Tejera, 2000); e Selo ambiental (Donaire, 1995; Baena, 2001).

A qualidade na exploração hoteleira depende, e muito da qualidade do meio ambiente no qual ela está inserida. Neste contexto, a gestão ambiental, tendo em vista o controle e gestão dos resíduos geradores e a conseqüente escassez de recursos naturais que esta ocasiona, são considerados fatores fundamentais para o planejamento hoteleiro.
Em função disso, os hotéis estão trazendo o gerenciamento ambiental para dia-a-dia de seus negócios, pois utilizam os recursos naturais, energia, água e outros materiais que estão sob ameaça crescente. (GONÇALVES, 2004).

Segundo Ruschmann(1997,p.24) os desastres ecológicos provocados pelo vazamento de petróleo nos oceanos, os riscos potenciais das usinas nucleares, os gases tóxicos, etc. Põem em risco a sobrevivência do homem no planeta, tornando os efeitos negativos do turismo até insignificantes.

Ainda assim, mesmo que possa se considerar a hotelaria como atividade econômica de pouco impacto ambiental, não se deve entender que a mesma esteja é isenta de preocupação e responsabilidade para com a sustentabilidade.
Kirk (apud Gonçalves 2004,p.74) afirma que se os impactos forem somados, o segmento pode desenvolver um relativo potencial danoso ao meio ambiente.
Afim de que esses impactos sejam minimizados e melhor controlados foram criados os selos ambientais que promovem a normatização da sustentabilidade e padronizam normas ambientais obrigatórias aos que adotam tais selos.
No Brasil são normalmente encontrados dois selos: AQUA (Alta Qualidade Ambiental) e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), além do ISO 14001.     Esses selos de construção ambiental são, além de diferenciais de mercado, uma forma de reduzir os custos de operações nos meios de hospedagem por meio da adoção de tecnologias ecológicas, que ainda acrescentam à construção qualidade e conforto aos usuários.
Desmembrando cada selo pôde-se conceituar da seguinte forma:
ISO 14001
A ISO 14001 é uma norma internacionalmente reconhecida que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. A norma é desenvolvida com objetivo de  criar o equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental; com o comprometimento de toda a organização. Com ela é possível que sejam atingidos ambos objetivos.

AQUA (Alta Qualidade Ambiental)
Esse sistema de certificação é gerenciado pela Fundação Vanzolini e é resultado de uma adaptação do sistema francês Haute Qualité Environnementale à realidade brasileira. O selo prevê a análise da perfomance do empreendimento em 14 categorias de critérios, divididos nos grupos Eco-construção, Gestão, Conforto e Saúde. Cada um deles é classificado como bom, superior ou excelente nas três fases do projeto: programa, concepção e realização. Para obter o selo é necessário ser “bom” em todos os critérios e atingir, no mínimo, quatro marcas no nível “superior” e três no nível “excelente”.

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)
O sistema de certificação LEED foi criado pelo Conselho de Green Building dos EUA (USGBC) e adaptado para a realidade brasileira pela filial Green Building Council Brasil – entidade criada para promover e disseminar tecnologias, materiais, processos e procedimentos mais sustentáveis na construção civil. Construções que conquistam o selo LEED (da sigla em inglês que significa Liderança em Energia e Design Ambiental) são mais eficientes no uso de recursos como água e energia e geram menos impactos socioambientais durante todo o seu ciclo de vida.

            Primeiramente as empresas buscam o ISO 14001 que seria a padronização ambiental logo após buscam o LEED, porém, segundo a ONG Green Building Council Brasil, Segundo a ONG Green Building Council Brasil, atualmente existem somente 14 empreendimentos que conquistaram este selo, mas cerca de 150 obras estão em processo de certificação, entre as quais alguns hotéis. As construções que obedecem às normas de certificação Leed têm um aumento de 5% a 10% no custo de implantação, mas no entanto, os gastos na operação são reduzidos em 40%. E redução nos custos de um hotel é de vital importância para a rentabilidade do negócio e porque não dizer para a própria sobrevivência.
Além dos selos ambientais oficiais há também selos dados por revistas, sites como é o caso do Guia Quatro Rodas, que se trata de uma revista de turismo, que legitimam e elegem os meios de hospedagem sustentáveis do ano através de ações feitas pelos menos pela sustentabilidade do local. Alguns destes hotéis e suas respectivas ações sustentáveis segundo o (Guia Quadro Rodas, 2011) que certificou 43 hotéis como hotéis sustentáveis.

fonte: http://fazendoturismoufpe.blogspot.com.br/2011/08/artigo-selos-ambientais-na-hotelaria.html

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